O título de cidadão honorário que o governador Requião recebeu do estado de Santa Catarina poderá se tornar ainda mais merecido: a multinacional de fertilizantes que pretendia comprar o terminal portuário da Ponta do Félix, em Antonina, assinou ontem com o governador catarinense Luiz Henrique um protocolo de intenções que pode levá-la a instalar-se no vizinho estado.
Foi o próprio governador de Santa Catarina que vislumbrou a possibilidade de atrair o investimento e chamou o representante da empresa no Paraná, Marcelo Ferraz, para uma audiência em Florianópolis. Ofereceu-lhe facilidades e vantagens que serão, agora, estudadas pela matriz.
Santa Catarina, que viu seus portos crescerem por conta das dificuldades que os exportadores passaram a encontrar em Paranaguá desde 2003, está interessada em transformar no lugar de entrada de um milhão de toneladas anuais de potássio que a multinacional norte-americana pretende vender no Brasil.
O lugar ideal seria pelo Porto de Antonina, em terminal que pudesse administrar diretamente, já que se localizam no Paraná grandes indústrias de fertilizantes que utilizam o insumo que fabrica. Para tanto, investiria R$ 200 milhões em obras de modernização do Ponta do Félix: desvios ferroviários e rodoviários, armazéns, equipamentos operacionais, ampliação e pavimentação de áreas para contêineres, mais berços de atracação de navios, etc. Previa-se a criação de cerca de mil empregos adicionais.
Foi o próprio governador de Santa Catarina que vislumbrou a possibilidade de atrair o investimento e chamou o representante da empresa no Paraná, Marcelo Ferraz, para uma audiência em Florianópolis. Ofereceu-lhe facilidades e vantagens que serão, agora, estudadas pela matriz.
Santa Catarina, que viu seus portos crescerem por conta das dificuldades que os exportadores passaram a encontrar em Paranaguá desde 2003, está interessada em transformar no lugar de entrada de um milhão de toneladas anuais de potássio que a multinacional norte-americana pretende vender no Brasil.
O lugar ideal seria pelo Porto de Antonina, em terminal que pudesse administrar diretamente, já que se localizam no Paraná grandes indústrias de fertilizantes que utilizam o insumo que fabrica. Para tanto, investiria R$ 200 milhões em obras de modernização do Ponta do Félix: desvios ferroviários e rodoviários, armazéns, equipamentos operacionais, ampliação e pavimentação de áreas para contêineres, mais berços de atracação de navios, etc. Previa-se a criação de cerca de mil empregos adicionais.
... o que era de Antonina
A multinacional já havia fechado o negócio de compra do Terminal Privado da Ponta do Félix em setembro do ano passado quando começou a enfrentar dificuldades. Precisava da anuência da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), que arrendou a área para os fundos de pensão que exploram o porto desde 2000.
A empresa pagaria R$ 76 milhões pela parte do Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) e investiria outros R$ 120 milhões em obras de melhoria. Essas obras permitiriam o uso misto do porto – isto é, o terminal poderia movimentar simultaneamente cargas frigorificadas e outros produtos, como papel, minérios e madeira, além de fertilizantes – o principal interesse da multinacional.
Um dos últimos percalços ao fechamento do negócio foi o cancelamento das licenças ambientais, o que impede o terminal de Ponta do Félix de operar com outros produtos que não sejam carnes congeladas. Se não puder renovar tais licenças, a multinacional romperá o compromisso de compra do terminal. E Antonina ficará a ver navios – tantos quantos atracaram lá no mês passado, ou seja, apenas um em 30 dias.
Diplomaticamente, porém, o superintendente da Appa, Eduardo Requião, já teria achado um outro comprador. Diplomaticamente, o novo interessado teria a vantagem de comprar por preço menor e, depois, se beneficiar com a renovação das licenças ambientais e com a realização de outras obras a serem realizadas com recursos públicos.
A empresa pagaria R$ 76 milhões pela parte do Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) e investiria outros R$ 120 milhões em obras de melhoria. Essas obras permitiriam o uso misto do porto – isto é, o terminal poderia movimentar simultaneamente cargas frigorificadas e outros produtos, como papel, minérios e madeira, além de fertilizantes – o principal interesse da multinacional.
Um dos últimos percalços ao fechamento do negócio foi o cancelamento das licenças ambientais, o que impede o terminal de Ponta do Félix de operar com outros produtos que não sejam carnes congeladas. Se não puder renovar tais licenças, a multinacional romperá o compromisso de compra do terminal. E Antonina ficará a ver navios – tantos quantos atracaram lá no mês passado, ou seja, apenas um em 30 dias.
Diplomaticamente, porém, o superintendente da Appa, Eduardo Requião, já teria achado um outro comprador. Diplomaticamente, o novo interessado teria a vantagem de comprar por preço menor e, depois, se beneficiar com a renovação das licenças ambientais e com a realização de outras obras a serem realizadas com recursos públicos.
GAZETA DO POVO - 22/05/2008 (link da matéria completa abaixo)
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