sábado, 7 de junho de 2008

SAIU NOS JORNAIS...(11)

TRF impede movimentação de cargas gerais em Antonina

Com decisão, Ponta do Félix tem que operar somente congelados. Restrição pode afastar interessados na compra dos 43% do terminal que estão à venda

O Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, em Porto Alegre, suspendeu ontem a liminar que permitia a movimentação de cargas gerais pela empresa Terminais Portuários Ponta do Félix, em Antonina. A decisão revigora os efeitos da Ordem de Serviço nº 08/2008, da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), que determina a operação exclusiva de cargas congeladas pelo terminal. Na prática, nada muda no dia-a-dia da Ponta do Félix, que está impedida de operar cargas gerais desde o início de abril, por conta de uma determinação do Instituto Ambiental do Paraná (IAP).
A ordem de serviço, do início de fevereiro, havia sido suspensa no final do mesmo mês, por decisão da Vara Federal de Paranaguá. O juiz substituto Carlos Felipe Komorowski considerou que a restrição poderia causar impacto negativo na economia de Antonina. Mas, por unanimidade, os três desembargadores da 3ª Turma do TRF atenderam ao recurso apresentado pela Appa. De acordo com a relatora, Maria Lúcia Luz Leiria, ao contrário do que alega a empresa, não houve qualquer alteração contratual. “O contrato restou incólume, havendo tão-somente revogação das autorizações anteriormente concedidas.”
O advogado do terminal, Guilherme Kloss Neto, não estava disponível para dar entrevista ontem. Em outras ocasiões, ele disse que o contrato firmado em 1995 previa a movimentação de cargas congeladas e também de outra natureza, desde que autorizadas pela administração portuária. A Appa, que em março lançou o projeto do Corredor de Congelados, quer que Antonina se especialize na movimentação de congelados.
Mesmo enquanto a liminar estava em vigor, a Ponta do Félix pouco movimentou cargas gerais. De acordo com o IAP, os quatro anos de validade da Licença de Operação da empresa venceram no mês passado. No pedido de renovação teriam sido incluídas cargas que não estavam na licença anterior. Só a movimentação das cargas congeladas foram liberadas.
Interessados

Apesar de todos os problemas, há interesse de empresas em adquirir 43% da Ponta do Félix, que o fundo de pensão Previ, principal acionista, colocou à venda. Um consórcio, encabeçado pela empresa de logística e investimentos Fibrapar, pretende investir R$ 200 milhões na infra-estrutura portuária de Antonina para a movimentação de vários tipos de cargas, entre fertilizantes, grãos e contêineres. O negócio, no entanto, precisa de anuência da Appa. Representantes de trabalhadores portuários de Antonina temem pelo desinteresse do consórcio, já que outros estados estariam assediando os empresários com a intenção de receber os investimentos privados.
GAZETA DO POVO - 22/05/2008 (link da matéria completa abaixo)

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