terça-feira, 3 de junho de 2008

SAIU NOS JORNAIS...(08)

Os aposentados do BB...

A Associação Nacional dos Aposentados do Banco do Brasil (Anabb) – da qual faz parte, por exemplo, o ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega – passou a se interessar pelo negócio que envolve a transferência do controle do terminal privado da Ponta do Félix, de Antonina. Atualmente, o terminal é presidido pela Previ, fundo de pensão dos funcionários do BB. Sua participação, de 43%, foi colocada à venda.
O interesse da Associação, que já entrou com pedido de esclarecimentos junto à direção da Previ, tem razão de ser: ela teme que a venda, neste momento, possa resultar em prejuízo para o patrimônio do fundo e, conseqüentemente, para seus segurados.
É que o Ponta do Félix teve seu valor real subitamente rebaixado em decorrência de medidas restritivas adotadas pela Appa e pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), que impedem o porto privado de operar com cargas sólidas (fertilizantes, madeira, papel e minério) – produtos tradicionais em sua pauta de movimentações.

Faturamento

Desde abril passado, o terminal opera tão somente com cargas frigorificadas, o que reduziu drasticamente o seu faturamento. Nessas circunstâncias, a venda da cota-parte da Previ seria realizada em uma conjuntura de subavaliação. Embora ainda não detenha informações suficientes para emitir parecer conclusivo, a Anabb considera que seria preferível superar os problemas criados pela Appa e pelo IAP antes de se dar continuidade às negociações.
...e o negócio da China

A Annab, segundo fonte que pediu anonimato, acha estranho que as restrições tenham sido impostas exatamente no momento em que a Previ colocava à venda a sua participação societária. “Tudo leva a crer que o objetivo era este mesmo: desvalorizar o terminal para permitir que um grupo privado faça um negócio da China”, disse.
O ganho desse eventual comprador seria, na avaliação da Annab, “extraordinário e injusto”. Ele desconfia que tão logo seja concluída a compra, o novo sócio seria beneficiado com uma grande valorização do investimento.
Primeiro, diz a fonte, porque é de se supor que logo sejam suspensos os impedimentos. Segundo, porque já estão prontos, licenciados e com recursos orçamentários definidos, grandes projetos de melhoria da infra-estrutura de acesso ao porto de Antonina, dentre os quais o de uma nova rodovia. E, terceiro, porque, ainda que demore, será inevitável que um dia se faça a dragagem da baía, permitindo o atraque de navios de maior porte (hoje, o calado de Antonina está reduzido a míseros 8,5 metros).

GAZETA DO POVO - 19/05/2008 (link da matéria completa abaixo)
http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/colunistas/conteudo.phtml?fal=1&id=767375

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