terça-feira, 3 de junho de 2008

SAIU NOS JORNAIS...(06)

Consórcio quer investir R$ 200 mi em terminal

Pedido para compra de parte da Ponta do Félix foi protocolado ontem. Negociação ocorre em meio à crise enfrentada pelo terminal, que está sem licenças para movimentar cargas secas

O consórcio de empresas que está interessado em adquirir a participação do fundo de pensão Previ na Terminais Portuários Ponta do Félix, em Antonina, protocolou o pedido de compra na Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). O documento está sendo analisado pela autarquia, que tem a prerrogativa de validar ou não o negócio, por ser a arrendadora do terminal. Nos próximos anos, o consórcio pretende investir R$ 200 milhões na infra-estrutura portuária de Antonina. O negócio coincide com um período de crise do terminal: sem licenças ambientais, a movimentação de cargas secas está suspensa desde o início de abril.
As empresas assinaram um contrato de confidencialidade entre elas e com a Previ e, por conta disso, não foram revelados detalhes nem valores do negócio. A Appa também tinha interesse em adquirir a parte da Previ.
O empresário Marcelo Ferraz, da Fibrapar, que atua em logística e investimentos, protocolou o documento em nome do consórcio. Segundo Ferraz, o consórcio estuda há dois anos a possibilidade de fazer investimentos na área portuária. “Queremos investir na infra-estrutura da cidade, ampliar ramais ferroviários e rodoviários. Queremos trabalhar com todo tipo de carga, com contêineres e também com líquidos”, afirmou. Para isso, o consórcio deve fazer algumas adaptações, “respeitando as normas ambientais”.
Além do porto, o consórcio pretende investir no interior do estado, em centros de distribuição. “Já fizemos contato com a Ferroeste, que tem um projeto de expandir a malha para o Mato Grosso do Sul, o que seria muito interessante para nós. Temos volume de carga que justificaria os investimentos na ferrovia”, diz Ferraz.

Crise

O empresário não quis fazer comentários sobre os problemas que Antonina vem enfrentando. Cerca de 500 trabalhadores portuários avulsos estão sem trabalho, já que a movimentação de cargas secas está proibida desde o início de abril, quando venceu a Licença de Operação (LO). Como o terminal é o motor econômico da cidade, o comércio e o setor de serviços também passam por dificuldades.
GAZETA DO POVO - 15/05/2008 (link da matéria completa abaixo)

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