OLHO VIVO
Mera coincidência 1
O porto de Antonina está parado. Parou por quê? Porque o IAP não renovou as licenças ambientais e proibiu o terminal Ponta do Félix de embarcar qualquer produto que não os congelados. Minérios, papel e madeira, por exemplo, não podem ser movimentados. Por isso, em abril, apenas um navio atracou. A economia da cidade e centenas de trabalhadores sofrem.
Mera coincidência 2
A proibição do IAP parece coincidir com o interesse do superintendente da Appa, Eduardo Requião, que, em fevereiro, por ordem administrativa, já havia baixado proibição para os mesmos produtos. Houve denúncias de que visava a favorecer grupos privados interessados na compra (barata) do Ponta do Félix, colocado à venda pelos fundos de pensão que o controlam. A medida de Requião, contudo, foi barrada na Justiça e o porto continuou funcionando normalmente – até o início de abril, quando o IAP entrou na jogada.
Mera coincidência 3
Indagado sobre o problema, o presidente do IAP, Victor Hugo Burko, diz que nada sabia a respeito dos supostos interesses de Eduardo Requião. Foi mera coincidência o IAP baixar a proibição exatamente de acordo com o que Eduardo Requião queria. A medida obedeceu apenas a critérios ambientais no momento da renovação das licenças. “Não recebi pressão de ninguém”, afirma Burko.
Nenhum comentário:
Postar um comentário