PCS Fosfatos quer Ponta do Félix
O fundo dos funcionários do Banco do Brasil ( Previ) confirmou oficialmente num comunicado ao mercado, que está negociando com o grupo PCS Fosfatos do Brasil, a venda de sua participação em um terminal de congelados conhecido como Ponta do Félix, no porto de Antonina, auxiliar ao terminal paranaense de Paranaguá. A PCS Fosfatos pertence ao grupo canadense Potash Corp, um dos maiores fabricantes do mundo de fosfatos para a alimentação animal. A oferta da PCS por 43,40% do capital total da Ponta do Félix é de R$ 88 milhões. No comunicado, a PCS explica que a operação só se concretizará se puder adquirir participação no terminal que complete 70,1%, o que lhe permitirá ter o controle da gestão e alterar o acordo de acionistas.O Previ é o maior acionista do terminal que possui um cais de 360 metros e dois berços de atracação exclusivos vindo em seguida os fundos de funcionários da Copel, com 21%, do antigo Fundeb, controlado pelo Banco Itaú, com 16%, o Porto da Portobras, com 12% e dos funcionários da Sanepar com 8%. O governo do Paraná é contra a aquisição, segundo posição do superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Eduardo Requião, que "não deseja ver Antonina transformada num terminal de fertilizantes", mas dificilmente vai conseguir impedir a PCS de obter o controle do terminal, uma vez que a empresa canadense já está negociando também a aquisição da parte controlada pelo Banco Itaú. O Terminal da Ponta do Félix foi implantado em 1997 exigindo investimentos de R$ 200 milhões, mas foram feitos novos investimentos depois disso para adequar o porto ao embarque de outros produtos como madeira, granéis sólidos e produtos siderúrgicos. Em 2006, o empreendimento entrou no azul, mas chegou a viver uma pequena crise no ano passado por conta do boicote russo as exportações brasileiras de carne congelada já que é o maior exportador deste tipo de produto para a Rússia. A capacidade máxima de operação está por volta de 30 mil toneladas mensais de produtos congelados. No início do seu projeto, a Ponta do Félix foi concebido para ser um terminal especializado e o mais moderno do país para receber navios break bulk, utilizado principalmente pelos russos, contando com clientes como a Perdigão, Sadia, Frangosul, Minerva e Mafrig. O seu principal problema atualmente está no calado de Antonina, com 8,10 metros, quando a operação ideal deveria ser com 9,50 metros porque há quase 5 anos não se faz dragagem no local.
Gazeta Mercantil 16/06/2008 (retirado do site abaixo)
Gazeta Mercantil 16/06/2008 (retirado do site abaixo)
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