quinta-feira, 31 de julho de 2008

Appa atrapalhou o negócio

Tantas foram as dificuldades impostas pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) que gorou a venda do Terminal Marítimo da Ponta do Félix, em Antonina. Ontem, o Previ – fundo de pensão do Banco do Brasil que controla a administração privada do terminal – anunciou a suspensão do processo de venda por não ter obtido a anuência da Appa.
Essa era a última pendência para que fosse concluída a negociação que se desenrolava já há quase um ano com o grupo comprador – um consórcio formado por uma empresa canadense de fertilizantes e outra do Paraná. O Previ aceitou a proposta de R$ 85 milhões que o consórcio apresentou, mas não conseguiu obter da Appa autorização para fechar a venda.
O fundo, no entanto, não chegou a desistir da intenção de desvencilhar-se de seu investimento portuário. Tanto que promete abrir um novo processo de oferta – fato que leva consultores de investimentos a uma só interpretação: o comprador precisa ser outro que não o consórcio canadense. Nesse caso, a Appa, ao impedir a conclusão de um negócio que já estava acertado, teria a intenção de favorecer algum outro grupo interessado na compra. É o que vai se saber em breve.
Com esse desfecho, Antonina perdeu investimentos suplementares de R$ 115 milhões que os canadenses haviam prometido e que incluiam a ampliação do porto, a construção de desvio ferroviário, novos armazéns e um pátio de contêineres. Além de pelo menos 2 mil empregos diretos e indiretos. O porto está parado desde o início do ano.

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