Texto atualizado em 24 de Julho de 2009 s
Bruno Merlin
reportagem
Em guerra contra o monopólio da dragagem, contra a apropriação de portos por grandes grupos da iniciativa privada e a favor da instalação de gestão ambiental portuária compromissada com o desenvolvimento sustentável do País. Foi assim que o governador do estado do Paraná, Roberto Requião, descreveu o “estado de espírito” de sua gestão durante a I Convenção Hemisférica de Proteção Ambiental Portuária, realizada em Foz do Iguaçu, no oeste paranaense.
Com a intensificação dos serviços de dragagem nos portos brasileiros, principalmente a partir da instituição do Programa Nacional de Dragagem (PND) pela Secretaria Especial de Portos (SEP), a falta de dragas para executar os serviços de manutenção e aprofundamento tem se mostrado um obstáculo para o desenvolvimento do meio portuário nacional. O monopólio desse tipo de serviço – em domínio das empresas holandesas e belgas - onera e pode até inviabilizar a execução dessa atividade, segundo Requião. Ele quer ver um panorama modificado em breve para que os portos administrados pelo governo estadual – Paranaguá e Antonina – não fiquem à mercê das exigências desse restrito mercado.
Requião também reforçou sua posição quanto à necessidade dos portos serem administrados a partir de uma estratégia governamental. A crise financeira internacional foi utilizada por ele para mostrar a fragilidade econômica e ambiental de um modelo gerido pela iniciativa privada. “Com a crise subprime, caiu a tese do crescimento a qualquer preço. No contexto que vivemos hoje, da falência do neoliberalismo, a importância da sobrevivência da natureza e dos portos públicos abertos para a economia dos países, sem a preocupação absurda dos monopólios, é fundamental”.De acordo com o governador paranaense, sua defesa pelo porto público se dá pela necessidade de os portos estarem sempre abertos à economia regional e aos demais países da América do Sul. Requião adjetivou como “absurdo” o monopólio de algumas empresas em portos brasileiros. “A economia precisa ser pensada sob a perspectiva da humanidade”.
Meio ambiente
O irmão do governador e atual secretário de representação do Paraná, em Brasília, Eduardo Requião, classificou a gestão ambiental como a “discussão da vida”. “Se continuarmos produzindo a poluição da luxúria, o planeta estará limitado em seu futuro”.
O secretário executivo da Comissão Interamericana de Portos (CIP) da Organização dos Estados Americanos (OEA), Carlos Gallegos, finalizou alertando para as consequências da elevação do nível do mar. “O que será dos portos se o nível do mar elevar um metro que seja? O que será dos rios com o aumento das chuvas e da vazão das águas?”. Sem dúvida, os resultados serão catastróficos para a população mundial.
Website: www.portosdoparana.pr.gov.br
http://www.portogente.com.br/portosdobrasil/texto.php?cod=3
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